🍷 Safras Portuguesas 2015 a 2019: Guia Completo das Melhores Colheitas

🍷 Safras Portuguesas 2015 a 2019: Guia Completo das Melhores Colheitas

Cada safra é um retrato do ano em que nasceu: o sol, a chuva, o vento e até as noites frias deixam a sua marca nas uvas. É essa memória líquida que encontramos no copo.

Entre 2015 e 2019, Portugal viveu safras que já fazem parte da história recente do vinho nacional.

O Douro brilhou com Portos lendários, o Alentejo mostrou toda a sua força solar, o Dão encantou com frescura, a Bairrada com a sua Baga vibrante, e o Setúbal com Moscatéis aromáticos.

Mas não só: regiões como Lisboa e o Tejo ganharam cada vez mais expressão, mostrando vinhos de grande qualidade e identidade própria.


Safra 2015 – Equilíbrio e Intensidade

Um ano de condições quase perfeitas, que deu origem a vinhos equilibrados e de grande longevidade.

- Douro: Tintos potentes, fruta negra madura e taninos firmes.

- Alentejo: Vinhos encorpados e generosos, prazerosos jovens e promissores em guarda.

- Dão: Touriga Nacional elegante, fresca e com enorme potencial de evolução.

- Bairrada: Ano histórico da Baga — vinhos vibrantes e colecionáveis.

- Setúbal: Castelão equilibrado e Moscatel intenso, ideal para sobremesas.

- Lisboa: Tintos aromáticos de Castelão e Aragonez; brancos com frescura atlântica e perfil gastronómico.

- Tejo: Excelente ano, com tintos de Touriga Nacional elegantes e brancos de Fernão Pires frescos.


Safra 2016 – Elegância e Frescura

Um ano mais fresco, que favoreceu vinhos delicados, gastronómicos e com charme imediato.

- Douro: Porto Vintage excecional; tintos aromáticos e florais.

- Alentejo: Menos densos que em 2015, mas cheios de notas especiadas e equilíbrio.

- Dão: Perfil floral, frescura e acidez viva.

- Lisboa: Grande ano para brancos de Arinto e Fernão Pires; tintos elegantes e menos encorpados.

- Tejo: Safra fresca, com vinhos leves e gastronómicos, destaque para blends brancos vibrantes.


Safra 2017 – Potência e Concentração num Ano de Escaldão

2017 ficou para sempre conhecido como o “ano do escaldão”. Foi um dos anos mais quentes e secos das últimas décadas, com ondas de calor extremas e quase ausência de chuva. Muitas vinhas sofreram, mas as uvas que resistiram deram origem a vinhos de enorme concentração e potência.

Clima

- Temperaturas recorde e secas prolongadas.

- Uvas queimadas pelo sol em encostas expostas.

- Produção muito baixa (reduções de 20% a 40%).

- Bagos pequenos → concentração natural de açúcares, taninos e cor.

- Vindima antecipada (algumas em agosto).

Perfil dos Vinhos

- Tintos: Potentes, encorpados, fruta preta madura, notas de compota, cacau e especiarias.

- Brancos: Menos frescura em algumas regiões, mas equilibrados quando vindimados cedo.

- Porto Vintage: Excecional, com longevidade impressionante.

Regiões em destaque

- Douro: Um dos melhores anos de sempre para Porto Vintage; tintos profundos e de guarda longa.

- Alentejo: Produção baixa, mas tintos robustos, maduros e estruturados.

- Bairrada: Baga intensa, taninos sólidos, vinhos de grande longevidade.

- Lisboa: Muito afetada pelo calor, mas quem resistiu produziu tintos concentrados e aromáticos.

- Tejo: Produção reduzida, mas tintos maduros e estruturados; brancos menos frescos que em 2016.

👉 Perfil da safra: Pouca quantidade, mas vinhos memoráveis pela intensidade e longevidade. Um ano duro para produtores, mas inesquecível para colecionadores.


Safra 2018 – Juventude e Acessibilidade

Um ano mais equilibrado, que trouxe vinhos expressivos e prontos a beber jovens.

- Douro: Tintos frescos e elegantes, fáceis de gostar desde cedo.

- Dão: Pureza aromática e frescura vibrante, Touriga Nacional em grande forma.

- Vinho Verde: Brancos leves e refrescantes, ideais para consumo imediato.

- Lisboa: Safra regular, com tintos acessíveis e brancos expressivos.

- Tejo: Vinhos aromáticos e bem estruturados, fáceis de beber.


Safra 2019 – Expressividade e Modernidade

Um ano consistente, que resultou em vinhos equilibrados, versáteis e muito promissores.

- Douro: Aromáticos e equilibrados, com fruta vermelha vibrante.

- Alentejo: Tintos intensos, acessíveis desde cedo.

- Dão: Elegantes, com frescura e notas minerais.

- Lisboa: Tintos de fruta preta com frescura atlântica; brancos aromáticos e gastronómicos.

- Tejo: Um dos melhores anos recentes; tintos frescos e estruturados, brancos cheios de caráter.


Perfis de Degustação e Potencial de Guarda (2015-2019)

Safra Perfil Sensorial Ideal Para Potencial de Guarda
2015 Estrutura e intensidade Colecionadores exigentes 15-25 anos
2016 Elegância e frescura Consumo gastronómico imediato 8-15 anos
2017 Potência e concentração Adegas e colecionadores 20-30 anos
2018 Juventude e acessibilidade Iniciados e consumo casual 5-12 anos
2019 Expressividade e equilíbrio Versatilidade na mesa 10-15 anos

Castas Relevantes (2015-2019)

- Douro/Dão: Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz.

-  Alentejo: Alicante Bouschet, Aragonez, Trincadeira.

- Bairrada: Baga.

- Setúbal: Castelão e Moscatel.

- Lisboa: Castelão, Aragonez, Arinto e Fernão Pires.

- Tejo: Touriga Nacional, Castelão, Fernão Pires, Arinto.

- Vinho Verde (2018): Loureiro e Alvarinho.


Onde Comprar Safras de Excelência

Na Loja G – Garrafeira Gourmet Gifts, em Arruda dos Vinhos (Lisboa), encontra uma seleção exclusiva destas safras, incluindo packs verticais e opções de personalização de rótulos.

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